Aos
mestres Álvares e Augusto.
Adoro
andar entre Azevedos e Anjos.
Me
acostumei a viver no meio do lodo,
Ao
barro voltarei, bem sei, me espera,
Minha
alma separou-se da matéria,
Anseiam
malditos vermes por meu todo.
Terão
apenas meu imundo corpo; o fogo,
Imprudente,
rebentou a fibra, impera
Poderoso
urubu da primavera
Pousa
em minha miséria esterco-esgoto.
Em
breve, à terra fétida dar-me-ão.
Devorem-me,
pertenço-lhes, grão a grão,
Vermes,
sem cerimônia, ardem famintos.
Mordidas
em meu corpo sequer sinto,
E
sentiria por quê? Desabitada,
Vil-profana,
matéria desgraçada.