segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

HISTÓRIA VERÍDICA DE UM ADULTO QUANDO ERA CRIANÇA


O menino achou um ovo.
O ovo era diferente.
O ovo era verde.
O menino colocou o ovo para chocar embaixo da galinha polaca.
A galinha polaca chocou o ovo.
Nasceu um dinossauro.
Era um dinossauro enorme.
Um dinossauro verde gigante.
O dinossauro usava botas.
Um dia eu vi homens usarem aquelas botas.
Foi no desfile de sete de setembro.
O dinossauro usava chapéu.
Um dia eu vi chapéus como aquele.
Foi no desfile de sete de setembro.
O dinossauro andava esquisito.
Igual aos homens do desfile.
O dinossauro comeu a galinha.
O dinossauro comeu os outros ovos.
Comeu os pintinhos também.
O dinossauro comeu todo o galinheiro.
O dinossauro não parava de crescer.
O dinossauro foi comendo tudo.
Comeu todo mundo na cidade.
Na outra cidade também.
O dinossauro foi morto pelo povo de outras cidades.
O povo se juntou e matou o dinossauro e o menino.

domingo, 18 de dezembro de 2011

O SALVADOR


     Atravessou a rua correndo, levou buzinada, por pouco não foi atropelado. Ofegante, acenava e gritava. Não deu tempo. Perdeu o ônibus.
     - Motorista filho-da-puta, custava esperar quinze segundos?
Colocou as mãos na cintura e ficou a olhar indignado o coletivo que se afastava.
O caminhão ainda tentou frear, mas foi em vão, acertou o ônibus em cheio. Tombou.
     - Cara, que sorte!
     - Sorte?
     - Sim, eu vi tudo, era pra cê tá lá no ônibus, cê poderia tá morto agora.
     - E você sabe se alguém morreu?
     - Não tá feliz? Cê escapô de uma boa, no mínimo taria bem machucado, deve agradecê a Deus.
     - Agradecer por quê? Perdi o ônibus.
     - Como agradecê pur quê? Perdeu o ônibus, mas tá intero, isso é obra divina. 
     - Preferia não ter perdido o ônibus, agora vou chegar atrasado no trabalho.
     - Cara! Pelo amor de Deus! Agradeça. Deus te livrô do acidente.
     - Que me livrou do acidente o quê? Se o motorista tivesse parado, perderia segundos suficientes para que o caminhão não o pegasse. Eu é que o salvaria, ele e todos os passageiros.

sábado, 17 de dezembro de 2011

CURITIBA É DO VAMPIRO


   Sempre ouvi falar que Dalton Trevisan se esconde. Quando morava em Curitiba, sonhava encontrá-lo, procurava-o pelas ruas, esperava cruzar com ele em toda esquina... Trabalho em vão, eu tinha muito a aprender. Hoje quando volto à capital paranaense não tenho mais tal pretensão. Aprendi que não se procura o Vampiro curitibano, pois ele sempre esteve ali. É fácil avistá-lo na praça Santos Andrade, acompanhá-lo em um café na Boca Maldita, vê-lo caminhando no Barigui, entrando no Guaíra, esperando o coletivo no terminal Guadalupe, comendo uma tapioca na praça da Ucrânia ou um pastel do Tadashi na Ouvidor Pardinho. Só não o vê quem não quer. O Vampiro não é de Curitiba. Curitiba é do Vampiro.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

ACORREFOZ MOSTRA SUA FORÇA EM MEDIANEIRA



No domingo, 11 de dezembro, realizou-se a II Corrida de Rua dos Amigos de Medianeira. Esta prova foi organizada pelos amigos Jair, Marly, Margarete e Sandra, e teve como objetivo arrecadar alimentos para uma clínica de ex-dependentes químicos.
Sob sol forte, centenas de atletas correram pelas principais ruas de Medianeira, foram disputadas provas de 5 e 10 km. O dia foi de festa para a ACORREFOZ já que dois de seus atletas, Carlos Roberto Aquino e Sidclei Nagasawa Costa comemoravam mais um ano de vida.
Os vencedores das provas de 10 km foram: Adalberto dos Santos e Aparecida Gomes da Silva, ambos da ACORREFOZ. A equipe de Foz do Iguaçu venceu também na maioria das categorias por idade. A festa terminou com um “Parabéns pra você” no pódio, já que os dois aniversariantes do dia foram os vencedores em suas respectivas categorias.

sábado, 10 de dezembro de 2011

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

CAVALO BILO


À Dante, Bilac e Drummond

Caguei. Cagaste. Vinhas fatigada
E suja, e sujo e fatigado eu vinha
Tinha de vermes cheia a pança povoada
E a pança de vermes povoada eu tinha

E o serviço fizemos bem na estrada
No meio: com um sabugo limpei a minha
Bunda, a tua se mostrou tão deslumbrada
Ao sentir que o sabugo à mão continha

Alivias-te de novo... Na partida
Vejo teu esforço, rosto teu umedece,
pra deixar boa lembrança à despedida

Retribuo, abaixo as calças, forço, e tremo
Vontade não mais há, desaparece
Chega a doer tanto esforço real extremo.