Foi o meu
pior tempo em meia maratona. Foi a minha melhor corrida.
Vinha de
dores seguidas no joelho esquerdo, mas mesmo assim pretendia fazer um
bom tempo.
Durante
o jantar, na véspera da prova, encontrei muitos ídolos: Rosa Mota,
Solonei Silva, Giovani dos Santos, Maria Zeferina Baldaia... Pés no
chão, Sidclei, pés no chão que os bons são eles.
Uma
amiga, querendo melhorar seu tempo, pediu minha ajuda na prova.
Concordei imediatamente.
Tentava
dormir e estarei mentindo se disser que não pensei em fazer o melhor
tempo que pudesse, em abandonar o combinado, foi um pensamento
passageiro.
Corri a
prova toda ao lado de minha amiga, incentivei-a, conseguimos manter
praticamente o mesmo ritmo durante toda a prova. Cheguei a ter
vontade de acelerar, mas o desejo de fazer minha amiga conquistar um
bom tempo era maior. Ela dava o máximo de si.
Faltando
dois quilômetros, ela começou a chorar, soube depois da prova que
foi por medo de me decepcionar. Jamais me decepcionaria, vitoriosa!
Cruzamos
a linha de chegada no tempo que eu previra, 3 minutos abaixo do tempo
dela no ano anterior.
Hoje, um
amigo me perguntou qual foi meu tempo na prova. Respondi. Ele me
disse: “Nossa! Foi mal, o que aconteceu?” Fui bem, fui muito bem.
Descobri que bom nem sempre é o que chega na frente.
Foi o
meu pior tempo em meia maratona. Foi a minha maior vitória.
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