A maratona
internacional de Foz é considerada uma das mais difíceis do Brasil. A diferença
de temperatura entre a largada e a chegada e a altimetria são os maiores
desafios. A largada acontece em uma da 7 maravilhas da engenharia e a chegada é
em uma das 7 maravilhas da natureza. Como já fiz o percurso dezenas de vezes,
treinei muito lá, e conheço muito a cidade de Foz, vou dar dicas para os que
querem se preparar melhor para apreciar as maravilhas da Maratona mais linda do
mundo.
A maratona se
inicia no mirante do vertedouro, na Itaipu. São percorridos pouco menos
de 5 km dentro da usina. Logo após a largada há uma descida forte, seguida por
uma subida bem forte. Logo após atravessarmos a barreira da Itaipu e entrarmos
na av. Tancredo Neves -- aprox. km 7 -- temos uma subida bem forte. O percurso
segue com pequenas subidas e descidas até o km 11 – aqui há uma descida mais
forte. Após essa descida, passamos sob o viaduto da BR-277 e entramos na av. JK
(só muda de nome). O trecho da JK é o mais tranquilo da maratona –
aproximadamente 3 km praticamente planos e com muitas árvores. Logo após o
Terminal Urbano, na Av. República Argentina, viramos à esquerda e 30 metros
depois à direita para pegarmos a av. Brasil, no km 17, descida e subida muito
fortes, estamos na região central de Foz.
Após a subida
forte da av. Brasil viramos à esquerda e temos um descanso na av. Jorge
Shmmelpfeng, descida forte até a virada na av. das Cataratas – supermercado
Muffato. Aqui é o pior trecho da maratona, em minha opinião, a subida da av.
das Cataratas, aproximadamente 2 km de subida com aclive de aproximadamente 60
m. O grande problema dessa subida é que não parece ser uma subida forte, tome
cuidado, não force no início, ela vai lhe minando aos poucos. É o primeiro
trecho em que encontramos pessoas caminhando. Alguns quebram aqui.
Logo depois,
chegamos à metade da maratona – ponto do revezamento – em frente ao hotel Mabu.
Após o Mabu, temos um trecho tranquilo, passamos pelo trevo da Argentina e
seguimos em frente. Depois do Acquamania, aprox. km 26, temos uma forte descida
seguida de forte subida, entre as duas o rio Tamanduá, nesse trecho também é
muito comum ver pessoas caminhando, subida de quase 1 km e 40 m de aclive. A
próxima subida forte é a do aeroporto, quase chegando no portão do parque
nacional.
Entramos no
Parque Nacional do Iguaçu no km 31 em descida e, depois, subida fortes. No km
34 temos uma descida forte, pouco mais de 500 m e declive de quase 20 metros.
Até o km 37, o percurso se mantém com poucas e fracas subidas e descidas.
Aproximadamente no km 39, temos a subida do hotel das Cataratas, cerca de 500 m
e aclive de quase 20 m, aqui temos a visão das Cataratas. Após o hotel, temos
uma descida forte, cerca de 500 m e declive de 30 m. No último km, ainda temos
uma subida forte, porém curta e a chegada é em descida, mas aí, você já não
enxerga mais nada além da linha de chegada.
A maratona é
muito bem organizada pelo SESC e não poderíamos ter local melhor para a
chegada.
Alguns
cuidados especiais:
- Como a
largada acontece às 6h30, geralmente a temperatura está bem agradável, mas a
tendência é que aumente gradativamente. No final, geralmente, a temperatura
estará bem alta;
- Cuidado com
a umidade do ar, pois quando entramos no Parque Nacional do Iguaçu, ela aumenta
bastante;
- Utilize um
par de tênis que já tenha corrido, não invente no dia da prova;
- Cuidado com
assaduras na virilha e mamilos, utilize vaselina líquida e/ou bermuda de
compressão.
Altitude da
largada = 164 m.
Altitude da
chegada = 190 m.
As equipes de
apoio, da hidratação, são simpáticas e sempre nos incentivam. Após a chegada, há
equipe de massagem.
O Sesc
disponibiliza ônibus de alguns pontos do centro para a Itaipu, carros
particulares não entram na Usina.
Espero ter
ajudado um pouco e qualquer dúvida ou comentário, é só pedir ou comentar.
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