segunda-feira, 7 de maio de 2012

CAPITU SOU EU?



Claro que não, embora há quem afirme eloquente,
Antes fosse, e possuísse tão sublime olhar,
E meu amor arrastasse até o fundo do mar,
De ressaca embriagante, sensato inconsciente.

Não, eu não possuo a inocência de límpida e ardente,
Uma alma, luz, capaz não sou fazer sangrar,
Tudo a ele oferecido, meu corpo no altar
Contempla, o Amor, Senhor, soberano onisciente.

Ah! Quem dera tivesse todo teu esplendor,
Munida de marcante forma feminina
Ser, e em pleno silêncio as barreiras transpor.

Meus cabelos, se eu, tu, fosse, Capitolina,
Enfrentariam o vento em completo rubor,
Incendeias, ó bom vírus, salva-me-vacina.

5 comentários:

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  2. Este foi o poema vencedor do Prêmio Cataratas de Poesia 2012 - Foz do Iguaçu.

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  3. Parabéns, meu amigo, Sid! Estávamos esperando por isso (para vc!). Outros hão de vir!
    Antonio.

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  4. Parabéns Sid, mereceu o prêmio. Lindo poema.

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