segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CAPITU SOU EU (de ANGELINNA MUNNIZ)

Claro que não, embora há quem afirme eloquente,
Antes fosse, e possuísse tão sublime olhar,
E meu amor arrastasse até o fundo do mar,
De ressaca embriagante, sensato inconsciente.

Não, eu não possuo a inocência de límpida e ardente,
Uma alma, luz, capaz não sou fazer sangrar,
Tudo a ele oferecido, meu corpo no altar
Contempla, o Amor, Senhor, soberano onisciente.

Ah! Quem dera tivesse todo teu esplendor,
Munida de marcante forma feminina
Ser, e em pleno silêncio as barreiras transpor.

Meus cabelos, se eu, tu, fosse, Capitolina,
Enfrentariam o vento em completo rubor,
Incendeias, ó bom vírus, salva-me-vacina.

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